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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Reportagem




  Quem são eles?

 Espremidos entre a infância e a adolescência, os pré -adolescentes vivem a dualidade dessas duas fases de vida a um só tempo.
Beatriz Teixeira de Salles

Quando os pais querem que eles façam alguma coisa, lá vem o discurso: “Você já é bem grandinho”; mas quando não querem liberá-los para ir a algum lugar ou fazer determinada coisa, falam: “Você ainda é muito novo, não pode!” Afinal, são muito novos ou já cresceram? Esse é apenas um exemplo da dificuldade de ser pré-adolescente, ou melhor, de quase adolescente, pois o termo pré-adolescência não é reconhecido cientificamente.

Eles estão na faixa entre 10 e 13 anos, vivem uma enorme diferença de maturação, não só sexual quanto psicológica, entre meninos e meninas e até dentro do mesmo sexo, e vivem entre a alegria infantil da falta de responsabilidade e a tão sonhada adolescência, quando algumas “regalias” do mundo adulto lhes são permitidas.

Em conversa com Thiago, 12 anos, Isabella, 12, Cecília, 11, e Frederico, 10, a gente pode ver um pouco do perfil dessa moçada que vive nesse hiato entre a infância e a adolescência.

Eles mesmos admitem que, dependendo da situação, sentem-se crianças ou adolescentes. “Às vezes me incomoda ver que ir sozinha ao shopping, não posso. Mas, se quero brincar de boneca, eles falam que já sou grande”, conta Isabella.

Para Fernanda, a preocupação dos pais se divide entre a ameaça da violência real e um pouco de neura. “Os pais são muito imaginativos, só pensam que coisas ruins vão acontecer”, emenda Thiago. Frederico se queixa de não poder ir a reuniões de grupo sozinho, Cecília não tem autorização para andar de ônibus sozinha e por aí vai. Porém, todos reconhecem que “dá para entender” a preocupação dos pais e que, levando em conta a forma como foram criados, hoje são até liberais.

Estado de Minas, Caderno Feminino. Belo Horizonte, 14 maio 2000, p. 10.(Fragmento).


VOCABULÁRIO:

dualidade: de duas fases que se confundem
maturação: desenvolvimento
hiato: intervalo


Estudo do Texto:

 
1.      No segundo parágrafo, a jornalista fala da “tão sonhada adolescência”. Por que a adolescência é, para os pré-adolescentes, um sonho, um desejo?

       R. _________________________________________________________________________

 2.      Os pais, às vezes, dizem que o ou a pré-adolescente é ainda criança, outras vezes dizem que ele ou ela já não é mais criança. De acordo com a reportagem:

 a) Em que situações os pais consideram que o ou a pré-adolescente é ainda criança?


      R. _________________________________________________________________________

 
b) Em que situações os pais consideram que o ou a pré-adolescente já não é mais criança?


      R. _________________________________________________________________________

 
3.      No último parágrafo da reportagem, os pré-adolescentes falam da preocupação dos pais com eles. Na opinião dos e das pré-adolescentes, por que os pais não têm razão para preocupar-se?

a) Porque há realmente a ameaça da violência.

b) Porque eles já sabem cuidar de si.

c) Porque imaginam mais perigos do que os que realmente existem.

d) Porque eles já são responsáveis por seus atos.

 
4.      Os pré-adolescentes se referem à forma como os pais foram criados no último parágrafo do texto.

 a) De que forma você acha que os pais dos pré-adolescentes foram criados?


R. _________________________________________________________________________

 
b) Qual das alternativas abaixo expressa a opinião dos e das pré-adolescentes do texto? Marque um X na resposta.


(          ) A forma como os pais foram criados explica por que eles se preocupam com seus filhos pré-adolescentes.


(          ) Apesar da forma como foram criados, os pais são liberais com seus filhos pré-adolescentes.

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